sábado, 4 de abril de 2009

Existe em nós...


I

Existe em nós
não o novo
mas o renascido.
Pesamos por isto as verdades
sobre a balança sem pêndulo.
e contra os que nos britam
com seu peso de ave
lançamos roucas interrogações
sobre a morte,
sim, sobre a morte,
com anzóis a dragar-nos da memória.

Existe em nós
não o novo
mas o renascido.
Comportamos por isto o lastro,
o lastro de termos sido
e virmos a ser.
Sentimos os pequenos gritos
como ficam imensos
quando a noite junca as fibras
e quando no silêncio brotam devagar
os pais de outras nações.

Existe em nós
não o novo
mas o renascido.
E apesar da haste gritar
contra o caule
e ferir o grito
com tempos sem fim,
a essência persiste como essência.

Então, o amor nos justifica,
e, carga imersa, revela-se concepção.
Mas de um plano qualquer retornamos
com a solidão de todas as solidões.

Lindolfo BellIn ‘Ciclos’

Quero viver esta terra...


XII

Quero viver esta terra como a árvore.
Frutificar a árvore como um tempo.
Purificar-me no tempo como o girassol
que do tempo tem a haste e o farol.

Quero a essência da essência,
a que se fixa ao forte
para que o forte sobreviva.

Quero brincar neste beco como a roda
que se caminha
e se repete.

E repetindo é roda
e barca ao mesmo tempo
e coração que aguarda
e sofre morrer docemente.

Quero serenar a ternura
e distribuir o amor demasiado
em destino para toda multidão.

Lindolfo Bell
In ‘Ciclos’

A Magnólia



Na noite a magnólia
no ramo a magnólia,
no jardim no ramo
a magnólia, a branca,
a chegada, a aconchegada
na noite, a magnólia
na rama do ramo, calma,
magnólia, doce óleo
na noite sem data, a magnólia
arde na noite sem data, a magnólia
brilha no pouso na noite,
na florescência de estar ali,
sem alarme, amarrada ao ramo,
a magnólia plena como um olho
aberto ou fechado ou derramado,
a magnólia na véspera, vespertina,
a magnólia no tempo.

Lindolf Bell
In ‘Incorporações’

Legado



Deixarei por herança
não o poema
mas o corpo no poema
aberto aos quatro ventos

Pois todo poema
é verde e maduro,
em areia movediça
de angústia, solidão
Onde me debato
ainda que finja o contrário
em busca da verdade
e seu chão

Deixarei por herança
não o poema
Mas o corpo repartido
na viagem inconclusa

Pois todo o poema maduro
é um verde poema
E, mesmo acabado,
se estriba na inconclusão
Claro, sem esquecer,
o estratagema da paixão

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

Primeira Raiz



Ancestral não direi:
antes cesto de tudo,
antes tempo em que mudo:
pêlo,pele,sobretudo.

Ancestral direi:
se memória não fosse mais
( e é tudo)
que o risco na cerâmica quebrada,
o nome dentro da pedra achada,
e o amor, esta breve palavra,
em milagre de nada.

Ancestral , sim,
porque o que passou, passa, passará,
não passa de matiz, matriz, da manhã.
E dúvida ancestral
não é mais que fogo, afago, cinza.
E tudo que penso
pouco mais dura que a escrita,
a da raiz, a da marca do pé na terra,
que mino, rumino,
e que me habita.

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

A palavra Destino



Deixai vir a mim
a palavra destino.

Manhã de surpresas, lascívia e gema.
Acasos felizes, deslizes.
Ovo dentro da ave dentro do ovo.
Palavra folha flor.

Deixai vir a mim a palavra
e seus versos, reversos:
metamorfose,
metaformosa.

Deixar vir a mim
a palavra pão-de-consolo.
Livre de ataduras, esparadrapos,
choques elétricos
e sutis guardanapos da morte
após gorjeios em seco engolidos socos.

Deixar vir a mim
a palavra intumescida pelo desejo.
A palavra em alvoroço sutil, ardil
e ave na folhagem estremecida entre a palavra.
A palavra entre o som
mas entre o silêncio do som.

Deixai vir a mim
a palavra entre homem e homem.

E a palavra entre homem
e seu coração posto à prova
na liberdade da palavra coração.

Deixai vir a mim
a palavra destino.

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

Enfermidade, Efemeridade



A palavra não é nebulosa estrela.
Sequer desarticulada ilha de infinidades.

Estopim aceso, sim, águas de inquietação,
a palavra não é jogo de dados.
Jogo de dúvidas, sim, dádivas,
dardos envenenados de selvagem silêncio.

Por um fio a palavra é prata.
Por um fio a palavra é pata de cavalo.
Por um fio, ato de injustiça.

Não há nenhuma pressa na palavra
en seu destino de lesma.
A palavra, flor justa se for bem usada.
A palavra de fogo-fátuo feita.
A palavra que não faz acordos em vão.

A palavra
é não dar com a língua nos dentes.
Ainda que arranquem a língua.
E cortem a palavra em pedaços
e a exponham em postes públicos da degradação.

Não é sempre a palavra
só tiro de festim.
Pode ser fim de linha.
Quimera, exato fingimento de vôo.
Nada, tudo, nunca e ninguém.
Assentimento, delicada praxis de afetos,
que somente se adivinha.

A palavra
que em breve
será a palavra dentro em breve.
A palavra
que se reveste de linho real
na linha real da vida:
enfermidade,
efemeridade.

Lindolf Bell
In O Código das águas

Semanário



Na segunda-feira trabalho.
Afio enganos, anos e anos.

Na terça-feira trabalho.
Faço promessas de vagar
e de pressas.

Na sexta-feira trabalho.
Descubro um buraco na calça.
Outro buraco na alma.
Liquido a traça.

Na quarta-feira trabalho.
Empilho o tédio em caixas.
Penduro em branco nas ruas, as faixas.

Na quinta-feira trabalho.
Esqueço um percevejo
no fundo da gaveta
do desejo.

Sábado trabalho.
No fonema, no poema.
No sonho enlatado da verdade.
no dilema da felicidade.

No domingo
sento numa praça deserta.
E penso, covarde,
na próxima semana
escrita no livro da liberdade.

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

Ouvi a Morte Passar




Ouvi a morte passar.
Senti seu hálito
e seu silêncio.
Senti a morte
em seu movimento de centopéia,
aura de seda
e horror.

Toda morte
é equívoco.

Lindolf BellIn



‘Código das Águas’



É noite em teu jardim, Mãe...


Pouca memória.
Tão clara e doída tanta.
Foi recente.
Mas tanto tempo faz que se foi.

Partiu em manhã de chuva.
Minha mãe partiu.
O único momento em que não se repartiu.
A sua morte não repartiu.

Disse um dia:
viver é um jardim precário.
Mas vejo no meu jardim
a eternidade do jasmim.
Porque é belo e eterno.
E porque é belo o jardim.

Sim! O dia amanhece.
Todos os dias.
Por trás dos montes
que vejo de teu jardim.

E toda manhã
o vizinho passa em frente da casa
e não te acena mais.
nunca mais.

Acena para o jardim vazio,
por hábito, medo da morte, espanto.
E pela luz do dia
que ainda freme
de teu canto.

E mesmo assim
é noite em teu jardim.
Por mais que amanheça,
por mais que amanheça.

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

Ah! Não fosse este rio chamado amor


O rio que conheço
não aprendi de livro
nem de mapa inventado

Jamais escrevi em caderno
o nome deste rio
Nunca desenhei a giz
o movimento de suas águas

Sei deste rio
por seu silêncio
Deste rio que ninguém me falou
Não surgiu de histórias passageiras
Não precisa de suborno para estar comigo
Nem de mentiras enfeitadas
sequer de afinidades sorrateiras

Este rio vem despojado de intransigências,
preconceitos,
perplexo no eterno desejo
Dádiva e dívida comigo mesmo
e dos outros homens
também a esmo.

Flui em mim este rio sem vulgaridades
Atemporal, flui em mim com sabor de paciência
e extraordinário sabor de nada
Nem sequer de buscas e tempo perdido
nem sequer de nada.

Este rio tem nome secreto
e não
E corpo de rio
onde outros rios se vão
Porque o rio
é como o homem;
sem nome
mora no esquecimento,
sem corpo
é árvore cortada,
é mesmo que nada

Ah! Não fosse este rio chamado amor
de peso feito, medida e saudade infinita
Não teria o homem medida
de sua própria medida finita

Lindolfo Bell
In ‘Código das Águas’

Se não for sonho...



XV

Se não for sonho
não vale a pena viver
Pois de sonho em sonho
aprende-se a ser

Nada mais
que o sonho,
perguntareis?

Nada mais simples
para prender-me

Nada mais simples
para perder-me

Lindolf Bell
In ‘Código das Águas’

terça-feira, 17 de março de 2009

KONSTANTINOS KAVÁFIS



Κωνσταντίνος Πέτρου Καβάφης [no alfabeto grego]
(Alexandria, 29 de abril de 1863 — Alexandria, 29 de abril de 1933.)

Constantine P. Cavafy (Kavafis), nasceu em Alexandria (Egipto) em 1863.
O seu pai morreu em 1870, deixando a família em precária situação financeira.
A sua mãe e os seus seis irmãos mudaram-se para Inglaterra dois anos depois.
Devido à má administração dos bens da família por parte de um dos filhos,
a família foi forçada a regressar a Alexandria, na pobreza.

Os sete anos que Kavafis passou em Inglaterra foram importantes na formação da sua sensibilidade poética.
O seu primeiro verso foi escrito em inglês (assinando 'Constantine Cavafy'),
e o seu subsequente trabalho poético demonstra uma familiaridade substancial com a tradição poética inglesa, em particular as obras de Shakespeare, Browning e Oscar Wilde.

Os anos que se seguiram, de regresso a Alexandria, representaram tempos de pobreza e desconforto, mas revelaram-se igualmente significativos no desenvolvimento da sensibilidade de Kavafis. Este escreveu os seus primeiros poemas - em inglês, francês e grego - durante este tempo, em que aparentemente também teve as primeiras relações homossexuais.

Tendo trabalhado durante 30 anos na Bolsa de Valores Egípcia, Kavafis permaneceu em Alexandria até à sua morte, que ocorreu em 1933, por motivo de câncer da laringe. Sabe-se que recebeu a sagrada comunhão da Igreja Ortodoxa pouco antes de morrer e que o seu último gesto foi desenhar um círculo numa folha branca e depois
colocar um ponto no meio do círculo.

Pelos contornos da sua história fragmentária, poder-se-ia dizer que a vida mais rica de Kavafis seria a vida interior sustentada pelas suas relações pessoais e pela sua criatividade artística.
Embora Kavafis tenha conhecido inúmeros homens das letras durante as suas viagens a Atenas, não recebeu o total apreço dos letrados atenienses senão aquando da publicação da sua colectânea de poemas em 1935. Parece provável que a sua importância tenha permanecido relativamente irreconhecida antes da sua morte precisamente pelas mesmas razões que hoje o estabelecem como um dos mais
originais e influentes poetas gregos do século XX: o seu irredutível desapreço,
na idade adulta, pela retórica que então prevalecia entre os poetas da Grécia continental; a sua quase prosaica frugalidade no uso de figuras de estilo e metáforas; a sua constante evocação de ritmos falados e coloquialismos;
a sua franca e avant-garde abordagem dos temas homossexuais;
a sua re-introdução dos modos epigramático e dramático que haviam permanecido largamente abandonados desde os tempos helenísticos;
o seu frequentemente esotérico mas brilhantemente vivo sentido de história;
a sua dedicação ao Helenismo, aliada a um estatuo cinismo relativamente à política; o seu perfeccionismo estético;
a sua criação de um mundo ricamente mítico durante a sua idade adulta.
Estes tributos, possivelmente pouco valorizados na sua época, hoje estão indubitavelmente entre os que lhe garantirão um lugar duradouro na tradição literária do mundo ocidental.

Um dos poemas de Kavafís que mais gosto, onde percebe-se por suas ansiosas metáforas, sua angústia e sofrimento, ocasionados pela forte discriminação,
da época, a homossexualidade do autor.


Muros


Sem piedade e sem pudor, sem dó e sem cuidado
à minha volta espessos muros tão altos quem teceu?

E eis­‑me agora aqui na sorte a que fui dado,
em mais não penso: não me sai da idéia o que aconteceu.

Lá fora há tanto que fazer - tudo ruído!
E, se estes muros construíram, porque não dei por tal?

Não ouvi de pedreiro nem voz nem ruído
E sem saber fiquei fechado, sem vista e sem portal.

Konstantinos Kaváfis


mms

SYLVIA ORTHOF



Sylvia Orthof nasceu no Rio de Janeiro em 1932, e ali mesmo faleceu em 1997.
Adorava ser carioca.

Estudou teatro, mímica e desenho em Paris e ao regressar para o Brasil, fez de tudo nas artes dramáticas: escreveu, dirigiu, fez cenários e figurinos e tantas outras atividades.

Enquanto se dedicava de corpo e alma ao teatro, Ruth Rocha a convidou e a convenceu a escrever textos infantis. No começo, ela achou que não iria conseguir, mas que nada! Pegou gosto e escreveu mais de 120 livros. Muitos deles foram premiados com prêmios importantíssimos, inclusive o Jabuti.



Filha de um casal de judeus austríacos que deixou Viena entre as duas guerras, para buscar paz e trabalho.
Filha única de imigrantes pobres, teve uma infância difícil. Aprendeu a falar primeiro alemão e falava português com sotaque e errado até a idade escolar.
Aos 18 anos, foi estudar teatro em Paris. Um ano depois, voltou ao Brasil e trabalhou como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias, em São Paulo (o TBC), e, no Rio, atuou com grandes nomes do teatro e da TV.
Escritora muito amada, com a sua irreverência poética inesquecível, publicou mais de 100 livros para crianças e jovens e teve 13 títulos premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com o selo Altamente Recomendável para Crianças.
Sylvia morreu em 1997, mas até hoje exerce grande influência sobre um grande número de autores infantis.

Entrar numa história de Sylvia Orthof é encher os olhos de susto, mas não um susto de tremer perna ou bater queixo.
O susto que as histórias de Sylvia dão na gente são carregados de perplexidade, arregalam a gente por dentro, dão largura no pensamento.



Ganhadora do Prêmio Jabuti, por A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda (1997),
Sylvia teve vários trabalhos adaptados para o teatro e quebrou tudo quanto é estereótipo na literatura infantil brasileira, com o seu texto desobediente, esmerado, abusado, feito de riso, provocação e arrepio.
Afinal, a criatividade de Sylvia Orthof jamais coube em rótulos.
Como ela mesma já disse, as histórias clássicas da literatura infantil sempre tiveram um ponto de vista muito machista. “Ninguém pergunta à Cinderela se ela quer casar com o príncipe.
Mas, ao mesmo tempo, a autora defendia a leitura dos contos tradicionais,
desde que houvesse uma reflexão.
“Se Chapeuzinho Vermelho tem tanta força até hoje, é porque tem o seu valor.
Só precisamos tomar cuidado para não apresentarmos essas histórias com
uma mensagem moralista.
Vamos discutir um pouco. Por que não podemos sair do caminho e procurar
um atalho na vida? Será que em todo lugar há um lobo?
E será que devemos ter tanto medo dos lobos?”, questionava.



Além de questionar velhos conceitos, Sylvia Orthof sempre vivia do modo como escrevia: espalhando encantamento por onde passava.
Autora de um dos maiores clássicos da literatura infantil brasileira, Uxa, Ora Fada, Ora Bruxa (1985), que mostra, com estilo único, os dois lados de todos nós, Sylvia era apaixonada por jardins e flores. Aliás, a sua favorita era a Maria sem Vergonha. “Gosto muito dessa flor. Lá em casa, temos uma escada, no jardim.
E as flores não quiseram nascer no canteiro. Não foram exatamente as marias, mas também são sem vergonha. Elas nasceram por entre as pedras do muro. Sempre assim. Nascem nos lugares mais impossíveis.
Aí um rapaz queria cortá-las das pedras, mas eu reagi: - Não faça isso.
Elas lutaram tanto por esse lugar”, disse Sylvia, numa entrevista.
E acrescentou: “O jardim é uma coisa que precisa de atenção, como os livros.
Mas não gosto daqueles jardins muito cuidados.
Podados demais. As plantas, como as histórias, têm direito de espreguiçar onde quiserem”. E as histórias da Sylvia continuam espreguiçando, ou melhor, continuam despertando leitores de toda idade.



Fontes:
Rosa Amanda Strausz
E Netlog

sexta-feira, 13 de março de 2009

Fotografias do interior de Minas Gerais




















A BELEZA 'IN NATURA' DO INTERIOR DE MINAS GERAIS,
NA LENTE DO POETA FERNANDO CAMPANELLA.

sábado, 7 de março de 2009

Josef Hassid



Josef Hassid (Polish: Józef Chasyd)

(December 28, 1923 - November 7, 1950) was a Polish violinist.

He was noted for his intense vibrato and temperament, causing Fritz Kreisler to say "A Heifetz violinist comes around every 100 years, a Hassid every 200.
" Furthermore pianist Gerard Moore called him "possibly the most incandescent prodigy after perhaps Yehudi Menuhin." He received an honorary diploma
in the 1935 Henryk Wieniawski Violin Competition in Warsaw and traveled to London in 1938 with his father, since his mother had died when Hassid was young.
However, the start of World War II prevented their return to Poland.
He performed in London (where he suffered from a memory lapse while
playing the Tchaikovsky Concerto in Queen's Hall)
and recorded for HMV;
his great legacy to music is in the form of 9 recordings among which Joseph Achron's Hebrew Melody is notable. 2 of these recordings are the same piece; the second, later recording was made after undergoing roughly a year under Carl Flesch's teachings.

He was first placed in a psychiatric hospital in 1941 after suffering from a nervous breakdown at the age of 18. He was admitted again in 1943 and was diagnosed with acute schizophrenia. He was lobotomised in late 1950 and died at the age of 26.

Josef Hassid was one of several prodigies whose brilliant careers were short lived. Bruno Monsaingeon's The Art of Violin commemorates Hassid.



Hebrew Melody Op.33
Composer: Joseph Archron (1886 - 1943)
Gerald Moore (piano)
Recording Date 11/29/1940


Fritz Kreisler



Fritz Kreisler
(February 2, 1875 – January 29, 1962)

Was an Austrian-born violinist and composer; one of the most famous violinists of his day. He is noted for his sweet tone and expressive phrasing.
Like many great violinists of his generation, he produced a characteristic sound, which was immediately recognizable as his own. Although he was a violinist of the Franco-Belgian school, his style is nonetheless reminiscent of the gemütlich
(cozy) lifestyle of pre-war Vienna.

Kreisler was born in Vienna to a Jewish father and a Roman Catholic mother;
he was baptised at age twelve. He studied at the Vienna Conservatory and
in Paris, where his teachers included Anton Bruckner, Léo Delibes,
Jakob Dont, Joseph Hellmesberger, Jr., Joseph Massart, and Jules Massenet.
He made his United States debut at Steinway Hall in New York City
on November 10, 1888, and his first tour of the
United States in 1888/1889 with Moriz Rosenthal, then returned to Austria and applied for a position in the Vienna Philharmonic.
He was turned down by the concertmaster Arnold Rosé.
Hearing a recording of the Rosé Quartet it is easy to hear why - Rosé was sparing in his use of vibrato, and Kreisler would not have blended successfully with the orchestra's violin section. As a result, he left music to study medicine.
He spent a brief time in the army before returning to the violin in 1899,
giving a concert with the Berlin Philharmonic conducted by Arthur Nikisch.
It was this concert and a series of American tours from 1901 to 1903 that brought him real acclaim.

In 1910, Kreisler gave the premiere of Edward Elgar's Violin Concerto,
a work dedicated to him.
He briefly served in the Austrian Army in World War I before being honourably discharged after he was wounded.
He spent the remaining years of the war in America.
He returned to Europe in 1924,
living first in Berlin, then moving to France in 1938.
Shortly thereafter, at the outbreak of World War II, he settled once again in the United States, becoming a naturalized citizen in 1943.
He lived in that country for the rest of his life.
He gave his last public concert in 1947 and broadcast performances for a few years after that.

On April 26th, 1941, he was involved in the first of two traffic accidents that marked his life. Struck by a truck while crossing a street in New York, he fractured his skull, and was in a coma for over a week, as reported by Life magazine on May 12, 1941 (pp. 32-33). Towards the end of his life, he was in another accident while traveling in an automobile, and spent his last days blind and deaf from that accident, but he "radiated a gentleness and refinement not unlike his music," according to Archbishop Fulton J. Sheen who visited him frequently during that time (Kreisler and his wife were converts to Catholicism). He died in New York City in 1962 and was interred in a private mausoleum in Woodlawn Cemetery, Bronx, NY.
The mausoleum of Fritz Kreisler in Woodlawn Cemetery

Kreisler wrote a number of pieces for the violin, including solos for encores,
such as "Liebesleid" and "Liebesfreud". Some of Kreisler's compositions were pastiches in an ostensible style of other composers,
originally ascribed to earlier composers such as Gaetano Pugnani, Giuseppe Tartini, Jacques Marnier Companie, and Antonio Vivaldi.
When Kreisler revealed in 1935 that they were actually by him and critics complained, Kreisler answered that critics had already deemed the compositions worthy: "The name changes, the value remains" he said.
He also wrote operettas including Apple Blossoms in 1919 and Sissy in 1932,
a string quartet and cadenzas, including ones for the Brahms D major violin concerto, the Paganini D major violin concerto,
and the Beethoven D major violin concerto.
His cadenza for the Beethoven concerto is the one most often
employed by violinists today.

He performed and recorded his own version of the Paganini D major violin concerto-first movement. This version is rescored and in some places reharmonised. The orchestral introduction is completely rewritten in some places. The overall effect is of a late nineteenth century work.

Kreisler owned several antique violins by luthiers Antonio Stradivari,
Pietro Guarneri, Giuseppe Guarneri, and Carlo Bergonzi, most of which eventually came to bear his name.
He also owned a Jean-Baptiste Vuillaume violin of 1860, which he often used as his second fiddle, and which he often loaned to the young prodigy Josef Hassid.

Kreisler's personal style of playing on record bears a resemblance
to Mischa Elman with a tendency towards expansive tempi,
a continuous and varied vibrato, remarkably expressive phrasing, and a melodic approach to passage work.
Kreisler employs considerable use of portamento and rubato
However considerable performance contrasts exist between Kreisler and Mischa Elman on the shared standard repertoire with the concerto
of Felix Mendelssohn serving as one example.




Schön Rosmarin is yet another of the wonderful short pieces for violin and piano by Kreisler: a delightful pen-portrait of Rosmarin, who is clearly a beautiful and somewhat vivacious young girl. Fritz Kreisler with pianist Carl Lamson.

Emil Gilels



Emil Grigoryevich Gilels (Russo: Эми́ль Григо́рьевич Ги́лельс)
(Odessa, 19 de outubro de 1916 – Moscou, 14 de outubro de 1985)

era um pianista clássico soviético. Emil Gilels é aclamado pelo seu brilhante domínio da técnica e pelo apurado controle da tonalidade do piano.
Gilels ostenta um imenso repertório, que variava de Scarlatti e Bach até os compositores contemporâneos, como Stravinsky e Prokofiev. Desse repertório,
podemos destacar as interpretações das obras de Robert Schumann, Johannes Brahms,
e principalmente de Sergei Prokofiev e de Ludwig van Beethoven.

Gilels nasceu em Odessa, filho de uma família de músicos judeus.
Ele começou a estudar piano aos seis anos de idade com o professor Yakov Tkach,
e fez sua primeira apresentação em público em 1929.
Em 1930, Gilels ingressou no Conservatório de Odessa, onde foi aluno de Berta Reingbald, a quem Gilels atribui como a sua primeira influência de formação.

Em 1933, Gilels vence o inédito "Concurso de piano da União Soviética",
aos 16 anos.
Após a graduação no Conservatório de Odessa em 1935, Gilels ingressou no Conservatório de Moscou, onde ele foi aluno do famoso professor
Heinrich Neuhaus e fora companheiro do pianista Sviatoslav Richter.
Em seu último ano no Conservatório, aos 21 anos, ele venceu o Festival Internacional Ysaÿe em Brussels, derrotando, por exemplo, os pianistas
Arturo Benedetti Michelangeli (que recebeu nota zero dos juízes italianos)
e Moura Lympany.

Gilels foi o primeiro artista soviético a ter permissão de viajar extensivamente para o Ocidente.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1947, Gilels começou uma turnê pela Europa e fez a sua primeira apresentação na América em 1955, interpretando o Concerto para piano No. 1 de Tchaikovsky, na Filadélfia.

Sua turnê nos EUA incluía Nova York e Chicago, onde ele foi regido por Fritz Reiner, pela Chicago Symphony Orchestra.
Gilels era considerado como um herói na União Soviética,
e ganhou o Prêmio Stalin em 1946, o prêmio Ordem de Lenin em 1961 e 1966,
e o Prêmio Lenin em 1962.



Gilels plays Scriabin: Etude op.2 no. 1

Leonid Kogan



Leonid Kogan plays Paganini´s Cantabile.

Leonid Borisovich Kogan

(November 17, 1924 - December 17, 1982)
(Hebrew: לאוניד בוריסוביץ' קוגן‎, Russian: Леонид Борисович Коган)
was a violin virtuoso, and one of the 20th century's most famous Soviet violinists. He ranked among the greatest representatives of the Soviet School of violin playing.

Kogan was born in Dnepropetrovsk, Ukraine, the son of a photographer who was an amateur violinist.
After showing an early interest and ability for violin playing, his family moved to Moscow, where he was able to further his studies.
From age ten he studied there with the noted violin pedagogue Abram Yampolsky. In that same year, 1934, Jascha Heifetz played concerts in Moscow.
"I attended every one," Kogan later said, "and can remember until now every note he played. He was the ideal artist for me." When Kogan was 12, Jacques Thibaud was in Moscow and heard him play.
The French virtuoso predicted a great future for him.

Kogan first studied at the Central Music School in Moscow (1934-43) then at the Moscow Conservatory (1943-48) also as a postgraduate (1948-51).

At the age of 17, and while still a student, he performed throughout the USSR. While still a student, he was co-winner of the first prize at the World Youth Festival, in Prague. In 1951 Kogan won first prize at the Queen Elizabeth Competition in Brussels with a dazzling performance of Paganini's first concerto that included an outstanding interpretation of the Sauret Cadenza.

His official debut was in 1941, playing the Brahms Concerto with the Moscow Philharmonic in the Great Hall of the Moscow Conservatory.

His international solo tours took him to Paris and London in 1955, and then South America and the USA in the following years. Kogan had a repertoire of over 18 concertos and a number of concertos by modern composers were dedicated to him.

In 1952, Kogan began teaching at the Moscow Conservatory, and in 1980 he was invited to teach at the Accademia Musicale Chigiana in Siena, Italy.

Kogan, a brilliant and compelling violinist, shunned publicity.
He lacked too some of the warmth and platform-charisma of David Oistrakh, his 16-year-older colleague. His career was always overshadowed by David Oistrakh, who in addition was strongly promoted by Soviet authorities. Kogan was made an Honoured Artist in 1955 and a People's Artist of the USSR in 1964, and received the Lenin Prize in 1965.

Kogan married Elizaveta Gilels (sister of the famous pianist Emil Gilels),
also a concert violinist. His son, Pavel Kogan, born in 1952, became a famous violinist and conductor.
His daughter, Nina Kogan, born 1954, is a concert pianist and became the accompanist and sonata partner of her father at an early age.

Kogan died of a heart attack (in the city of Mytishchi), while travelling by train between Moscow and Yaroslavl to a concert he was to perform with his son, Pavel.
Two days before, he had played the Beethoven Concerto in Vienna.

Boris Goldstein


Boris Goldstein performs Carl Flesch's transcription of Handel's 'Gebet' (Prayer) from Te Deum for violin and piano.

Boris Goldstein (Busya Goldshtein) (25 of December 1922, Odessa - 8 of November 1987, Hanover, Germany) was one of the brightest stars of violin.

A fantastically talented Soviet violinist whose music career was greatly hindered by the political situation in the USSR at that time.

As a young prodigy, he started violin studies in Odessa with the eminent pedagogue, Piotr Stolyarsky. As a teenager, Boris Goldstein, was singled out by Heifetz as being USSR's most brilliant violin talent.

He won the fourth prize of the 1935 Henryk Wieniawski Violin Competition in Warsaw; Ginette Neveu from France came first, David Oistrakh second, and Josef Hassid from Poland received the honorary diploma.

In 1937, at one of the most prestigious international competitions of its time,
the International Ysaye Competition, Stoliarsky students caused a sensation.
Top prizes were garnered by David Oistrakh, Boris Goldshtein (Goldstein), Yelizaveta Gilels and Mikhail Fikhtengoltz. The Soviet Politburo was indeed riding the propaganda machine to its fullest. "The results of the sessions created a profound impression: the Soviet school, with an assurance that bordered on arrogance, carried off all the prizes from the first down.

The latter was awarded without the slightest discussion to the great David Oistrakh. Everyone else had to be content with crumbs; the Belgian violin school, though still a source of pride, failed, and its absence at the final was much commented on; Arthur Grumiaux and Carlo Van Neste, both young and inexperienced, were not able to convince the jury."

Later he was forced to emigrate from Russia.....arriving in Germany, he taught and nurtured many budding musicians (but his solo career never recovered).

The composer Mikhail Goldstein was his brother.
Notable students of Boris Goldstein include Zakhar Bron and Alexander Skwortsow.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eu amo esses pássaros!


BRITISH BARN OWL


(Spotted Owl, (Strix occidentalis)


(Burrowing Owl (Coruja buraqueira)





(Barred Owl (Strix Varia)


(Asio clamator (Coruja Orelhuda)


(Spectacled Owl,(Pulsatrix perspicillata)

**********************************************************************************

a coruja

são todo ouvidos
os teus olhos
de vigília.

olhos acesos,
luzeiros
de sabedoria.

olhos atentos
à geografia
do dentro

és uma concha.

um encorujado
caramujo.

monja em voto de silêncio.

Sérgio de Castro Pinto
in Zôo Imaginário
São Paulo –Escrituras Ed. -2005

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Yehudi Menuhin



Yehudi Menuhin, Barão Menuhin de Stoke d'Abernon,
(22 de abril de 1916, Nova Iorque – 12 de março de 1999, Berlim)

Foi um violinista e maestro estado-unidense que passou a maior parte de sua carreira no Reino Unido.
Apesar de ter nascido em Nova Iorque, ele se naturalizou suíço em 1970 e britânico em 1985.

Yehudi Menuhin was born in New York City, New York, to Russian Jewish parents from what is now Belarus. His sisters were the concert pianist and human rights worker Hephzibah Menuhin and the pianist, painter, and poet Yaltah Menuhin. Through his father Moshe Menuhin, a former rabbinical student and anti-Zionist writer, Menuhin was descended from a distinguished rabbinical dynasty. Menuhin began violin instruction at age three under violinist Sigmund Anker. He displayed extraordinary talents at an early age. His first solo violin performance was at the age of seven with the San Francisco Symphony in 1923. Menuhin later studied under the Romanian composer and violinist George Enescu, after which he made several recordings with his sister Hephzibah. He was also a student of Louis Persinger and Adolf Busch. When a child and an adolescent, his fame was phenomenal. In 1929 he played in Berlin, under Bruno Walter's baton, three concerti by Bach, Brahms and Beethoven. Albert Einstein is said to have exclaimed at the end of the concert, "Now I know that there is a God!" In 1932, he recorded Edward Elgar's Violin Concerto in B minor for HMV in London, with the composer himself conducting.

Yehudi Menuhin performed for allied soldiers during World War II,
and went with the composer Benjamin Britten to perform for
inmates of Bergen-Belsen concentration camp, after its liberation
in April 1945.
He returned to Germany in 1947 to perform with the
Berlin Philharmonic Orchestra under the baton of conductor Wilhelm Furtwängler
as an act of reconciliation, becoming the first Jewish musician
to do so following the Holocaust.
He said to critics within the Jewish community that he wanted
to rehabilitate Germany's music and spirit.
After building early success on richly romantic
and tonally opulent performances, he experienced considerable physical
and artistic difficulties caused by overwork during the war
as well as unfocused and unstructured early training.
Careful practice and study combined with meditation and
yoga helped him overcome many of these problems.
His profound and considered musical interpretations
are nearly universally acclaimed.
When he finally resumed recording, he was known for practising
by deconstructing music phrases one note at a time.
Menuhin continued to perform to an advanced age,
becoming known for profound interpretations of an austere quality,
as well as for his explorations of music outside the classical realm.



Personal life


Yehudi Menuhin was married twice. He first married Nola Nicholas, daughter of an Australian industrialist, and sister of Hephzibah Menuhin's first husband Lindsay Nicholas. They had two children, Krov and Zamira. Following their divorce, he married the British ballerina and actress Diana Gould, with whom he had two sons, Gerard and Jeremy, a pianist.

The name Yehudi means 'Jew' in Hebrew. In an interview published in October 2004,
he recounted to New Internationalist magazine the story of his name: it is a variation of the name Yehudah, a name given by Jacob, and one of the tribes of Israel. It means "Thanks to God".

Obliged to find an apartment of their own, my parents searched the
neighbourhood and chose one within walking distance of the park. Showing them out after they had viewed it, the landlady said: "And you'll be glad to know I don't take Jews." Her mistake made clear to her, the antisemitic landlady was renounced, and another apartment found. But her blunder left its mark. Back on the street my mother made a vow. Her unborn baby would have a label proclaiming his race to the world. He would be called "The Jew."

A picture of Menuhin as a child is sometimes used as part of a Thematic Apperception Test.

Lord Menuhin died in Berlin, Germany following a brief illness, from complications of bronchitis.

Soon after his death, the Royal Academy of Music acquired the Yehudi Menuhin Archive, one of the most comprehensive collections ever assembled by an individual musician.


George Enescu


George Enescu

(19 de Agosto 1881, Liveni – 4 de Maio 1955, Paris)
foi um compositor, violinista, pianista, maestro e professor,
proeminente músico romeno do século XX, um dos maiores da sua época.

Entre os anos 1888-1894 estudou no Conservatório de Viena, com os professores
Joseph Hellmesberger (violino), Robert Fuchs e Sigismond Bachrich
entre muitos outros. Os seus concertos nos quais interpretou obras de Johannes Brahms,
Pablo Sarasate, Henri Vieuxtemps, Felix Mendelssohn-Bartholdy entusiasma a
imprensa e o público, com apenas 12 anos.

Após a formatura do Conservatório de Viena com uma medalha de prata,
prossegue os seus estudos no Conservatório de Paris (1895-99) com os professores para Armand Marsick, André Gedalge, Jules Massenet e Gabriel Fauré.
Em 6 de fevereiro de 1898 faz sua estréia como compositor
em Conciertos Colonne de París com a sua obra
Opus 1, Poema Romeno. Admirado por Elisabeta rainha da Romênia foi convidado diversas vezes a tocar suas obras no Castelo de Peles em Sinaia.

Desde os primeiros anos do século XX, as mais conhecidas composições,
são as duas Rapsodias Romenas (1901-02), a Suite nº 1 para orquestra (1903),
a sua primera Sinfonía de Madurez (1905), Sete Canções para os versos
de Clément Marot (1908).
Os seus concertos são dados em muitos países da Europa e é acompanhado
por pessoas prestigiadas como Alfredo Casella, Pau Casals,
Louis Fournier, Richard Strauss.

Durante a Primeira Guerra Mundial permaneceu em Bucareste e conduzido
a Sinfonia nº 9 Ludwig van Beethoven (que era tocada na íntegra pela
primeira vez na Romênia), composições de Hector Berlioz, Claude Debussy,
Richard Wagner, e também suas próprias composições: Symphony No. 2 (1913),
Suíte nº 2 para orquestra (1915). No mesmo ano é a sua primeira edição
do concurso de composição que tem o seu nome: George Enescu.

Depois da guerra, continuou a sua actividade dividida entre Romênia e a França.
Nos Estados Unidos, liderou as orquestras da Filadélfia (1923)
e Nova Iorque (1938).

Entre os seus alunos estão violinistas, como:

Christian Ferran, Ivry Gitlis, Arthur Grumiaux, Ginette Neveu ou Yehudi Menuhin.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Pictures that speaks for itself !









*Fotografias encontradas na net, sem autoria escrita.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Albert Schweitzer



German philosopher, physician, missionary, author and humanitarian, he was awarded the Nobel Peace Prize in 1952.

He has been called the greatest Christian of his time, for his personal philosophy on reverence for life, and a personal commitment to serve humanity.

Born in Kaysersberg, Upper Alsace, Germany (now Haut-Rhin Department, France) in 1875, to a family that for generations had been devoted to religion, music and education. His father and grandfather had been ministers, both of his grandfathers played the organ professionally, and many of his relatives were noted scholars. In 1893, Schweitzer entered the University of Strasbourg, where six years later, he obtained a doctorate in philosophy, and a year later, in 1900, he received his licentiate in theology.

In 1906, he published “The Quest for the Historical Jesus” on which much of his fame as a theological scholar exists. By the time he was 21, he had decided on the course of his life: for the next 9 years he would dedicate himself to the study of science, music, and theology, and then devote the rest of his life to serving humanity directly.

By the time he turned 30, he became a respected writer on theology and an accomplished organist.

In 1904, he decided to become a medical missionary after reading a paper describing the need for medical missions.

From 1905 to 1913, he studied medicine at the University of Strasbourg, then immediately founded a missionary hospital in French Equatorial Africa (now Gabon).

In 1917 during World War I, he and his wife were interned for a year as enemy civilians, but they were both released at the end of the war.

Schweitzer then returned to Europe, to study modern medicine techniques and to give lectures and concerts on the problems of Africa.

In 1924, he returned to Lambarene in French Equatorial Africa, where he would spend the remainder of his life, except for quick visits to Europe and the USA.

There he was doctor and surgeon in the hospital, pastor to the congregation, administrator of a village, writer of scholarly books, musician, and host to countless visitors.

In 1953, he used his Nobel Prize to expand the hospital and to build a leper colony.

In 1955, Queen Elizabeth II awarded him the “Order of Merit,” Britain’s highest civilian honor.

In the late 1950s, towards the end of his life, he came out against nuclear weapons and nuclear tests, believing they did nothing for humanity and could lead to nuclear war.

He died at his hospital in Lambarene, Gabon.

Albert Schweitzer



Albert Schweitzer
Foi um teólogo, músico, filósofo e médico alsaciano.

Albert Schweitzer nasceu em Kaysersberg,em 14/01/1.875 na Alsácia, então parte do Império alemão (hoje uma região administrativa francesa).

Formou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Strasburgo, onde, em 1901, o nomearam docente. Tornou-se também um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.

Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades européias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.

Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambarené, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.

Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração, neste período Albert escreveu sobre a decadência das civilizações.




Com o final da guerra, reiniciou seus trabalhos como se nada tivesse acontecido, e ante a visão de um mundo desmoronado, dizia: “começaremos novamente, devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”. Realizou uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Tornou-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afastou de seus projetos e sonhos.

Após sete anos de permanência na Europa, partiu novamente para Lambarené. Desta vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital foi levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.



Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”.

Morreu em 4 de setembro de 1965,aos 90 anos de idade, em Lambaréné, no Gabão.




Encontra-se enterrado em Lambaréné- Gabão-
no cemitério do Albert Schweitzer Hospital,
que criou e lutou para conservar e expandir,
numa campa simples como ele próprio foi.


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Itzhak Perlman



Itzhak Perlman (born August 31, 1945)
Is an Israeli-American violin virtuoso, conductor, and pedagogue.

Perlman was born in Tel Aviv, where he first became interested in the violin when he heard a classical music performance on the radio. He studied at the Academy of Music in Tel Aviv before moving to the United States to study at the Juilliard School with Ivan Galamian and Dorothy DeLay. He made his debut at Carnegie Hall in 1963 and won the prestigious Leventritt Competition in 1964. Soon afterward he began to tour extensively. In addition to an extensive recording career, he has made occasional guest appearances on American television, starting in the 1970s on shows such as The Tonight Show and Sesame Street, as well as playing at a number of functions at the White House.

Perlman contracted polio at the age of four. He made a good recovery, learning to walk with the use of crutches. Today, he generally uses crutches or an Amigo POV/Scooter for mobility and plays the violin while seated.

Although he has never been billed or marketed as a singer, he sang the role of "Un carceriere" ("a jailer") on a 1981 EMI recording of Puccini's Tosca which featured Renata Scotto, Plácido Domingo, and Renato Bruson, with James Levine conducting. He had earlier sung the role in an excerpt from the opera on a 1980 Pension Fund Benefit Concert telecast as part of the Live from Lincoln Center series, with Luciano Pavarotti as Cavaradossi, and Zubin Mehta conducting the New York Philharmonic. Perlman is a basso.

In 1987, he joined the Israel Philharmonic Orchestra for their concerts in Warsaw and Budapest, as well as other Eastern bloc countries. He toured with the IPO in the spring of 1990 for their first-ever performance in the USSR, with concerts in Moscow and Leningrad, and toured with the IPO again in 1994, performing in China and India.

While primarily a solo artist, Perlman has performed with a number of other notable musicians, including Yo-Yo Ma, Jessye Norman and Yuri Temirkanov at the 150th anniversary celebration of Tchaikovsky in Leningrad in December 1990. He has also performed (and recorded) with good friend and fellow Israeli violinist Pinchas Zukerman on numerous occasions over the years.

As well as playing and recording the classical music for which he is best known, Perlman has also played jazz, including an album made with jazz pianist Oscar Peterson, and klezmer. Perlman has been a soloist for a number of movie scores, notably the score of the 1993 film Schindler's List by John Williams, which subsequently won an Academy Award for best score. More recently, he was the violin soloist for the 2005 film Memoirs of a Geisha, along with cellist Yo-Yo Ma. Perlman played selections from the musical scores of the movies nominated for "Best Original Score" at the 73rd Academy Awards with Yo-Yo Ma, and at the 78th Academy Awards.

Perlman plays on the antique Soil Stradivarius violin of 1714, considered to be one of the finest violins made during Stradivari's "golden period", as well as the Sauret Guarneri del Gesu of c.1743.

In recent years, Perlman has also begun to conduct, taking the post of principal guest conductor at the Detroit Symphony Orchestra. He served as music advisor of the Saint Louis Symphony Orchestra from 2002-2004. In November, 2007, the Westchester Philharmonic announced the appointment of Perlman as Artistic Director and Principal Conductor. His first concert in these roles was on October 11, 2008, in an all-Beethoven program featuring pianist Leon Fleisher performing the Emperor Concerto.

Perlman also teaches, and in 1975 took a faculty post at the Conservatory of Music at Brooklyn College. In 2003, Mr. Perlman was named the holder of the Dorothy Richard Starling Foundation Chair in Violin Studies at the Juilliard School, succeeding his teacher, Dorothy DeLay.

Perlman played during the entertainment at the state dinner attended by Queen Elizabeth II on May 7, 2007, in the East Room at the White House.[1]

He performed John Williams' "Air and Simple Gifts" at the 2009 inauguration ceremony for Barack Obama, along with Yo-Yo Ma (cello), Gabriela Montero (piano) and Anthony McGill (clarinet). The quartet played along with a recording they had made of themselves two days earlier, since string instruments cannot reliably stay in tune in subfreezing temperatures.

Itzhak Perlman resides in New York City with his wife, Toby, also a classically trained violinist. They have five children, Noah, Navah, Leora, Rami (of the rock band, Something for Rockets) and Ariella. In 1995, the Perlmans founded the Perlman Music Program in Shelter Island, New York, offering gifted young string players a summer residential course in chamber music.



(Itzhak Perlman - play Serenade Melancolique Op 26 -Tchaikovsky )

Itzhak Perlman



Itzhak Perlman nasceu em Tel Aviv - Israel-
em 13 de agosto de 1.945.

Com seus 13 anos de idade, tocando violino, venceu um concurso de talentos, o que tornou possível viajar para os Estados Unidos, onde apareceu no mais concorrido programa da televisão norte-americana da época:
o 'Ed Sullivan Show'.
Logo em seguida começou a estudar na famosa Escola Juilliard, de New York,
e em 1964 venceu um difícil concurso de jovens músicos, conhecido como 'Competição Leventritt', o que deixou muito evidente seu excepcional talento e abriu caminho para tocar como solista em orquestras as mais variadas.
Itzhak, hoje sem dúvida um dos melhores violinistas desta geração, já tocou com as maiores e melhores orquestras do mundo.

Em 1986 recebeu das mãos do Presidente Ronald Reagan a medalha da Liberdade.
O que mais cativa o público em Itzhak Perlman é sua evidente alegria em fazer música, o que tem despertado a admiração e o respeito em todos os países por ele visitado.

Quando da feitura do filme "Música do Coração", apareceu na cena final do
concerto dado pelos alunos no Carnegie Hall.

Ressalte-se, no entanto, que com 4 anos de idade o pequeno Itzhak contraiu poliomielite, o que afetou suas pernas para sempre. Devido à sua deficiência
física, como solista, ele participa de concertos sentado e caminha com o auxílio de muletas canadenses.

Além disso, tem sido muito conhecido como defensor dos direitos das pessoas com
deficiência, colaborando na promoção de leis que facilitem o acesso delas a meios de
transporte e a edifícios de um modo geral.



(Itzhak Perlman 13 years old, play Mendelssohn Violin Concerto)

Some illustrations of Gustave Doré, the poem "The Raven" from Edgar Allan Poe.










Ilustrações de Gustave Doré



Ilustração para 'As Fadas', de Charles Perrault




'Le Chat botté', ilustração para 'O gato de botas' de Charles Perrault.



'Vivien' - Desenho por Gustave Doré e gravação por W. Ridgway retirada da 1ª edição da Obra "Merlin e Vivien" datada de 1867 (From the Rita Carvalho de Sousa Private Collections - Lisbon)